Os Gráficos abaixo apresentam os resultados de alguns países no último ciclo disponível do PISA (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).

Podemos perceber que um grupo de nações disputa a liderança, tendo seus resultados nas três áreas analisadas entre 500 e 550 pontos.

No outro extremo, temos Brasil e Argentina disputando as últimas colocações com outros países, reconhecidamente mais desajustados, tanto economica quanto socialmente.

Como a diferença genética entre diferentes grupos humanos não justifica resultados tão discrepantes, podemos intuir que fatores externos, não ligados às imposições naturais, pesam muito mais na obtenção de melhores resultados em testes cognitivos do que o pensamento intuitivo possa supor em sua lógica determinista.

Se por um lado isso é bom, pois revela que a melhoria de resultados independe de complexas alterações genéticas, por outro lado revela um aspecto sombrio dos sistemas educacionais que, por projeto ou mera incompetência, condena milhões de crianças a viverem com um nível de inteligência muito menor do que poderiam, com todos os reflexos negativos que tal imposição implica tanto para os indivíduos quanto para suas nações.

Resultados do PISA

É evidente que questões ligadas à alimentação, paricularmente na primeira infância, condições de higiene e saneamento, assim como a qualidade de estímulos que as crianças recebem, estão intimamente ligadas ao desenvolvimento cerebral dos futuros condutores dos destinos de uma nação.

Hoje sabemos bem mais sobre o cérebro humano e seu funcionamento do que sabiam os principais teóricos da educação no passado. Infelizmente, nossos processos pedagógicos não acompanharam o desenvolvimento da neurociência e ainda empregamos enfadonhas técnicas de memorização na maior parte do tempo que nossas crianças ficam em sala de aula, recebendo o mesmo tipo de estímulo que receberam seus pais e avós.

Questões como regressão sináptica e desenvolvimento cognitivo por estímulos qualificados são pouco ou nada discutidos por especialistas em educação, muitas vezes mais entorpecidos por aspectos muito ideológicos de educadores igualitaristas ou construtivistas do que comprometidos com o desenvolvimento de seus alunos.

É evidente, e o resultado do PISA também nos mostra isso, que existe uma correlação entre a riqueza de uma nação e o desenvolvimento cognitivo de seu povo, essa correlação, contudo, não é absoluta e medidas simples podem trazer exelentes resultados quando o assunto é aprendizado, estímulos e melhoria da inteligência.

Escolha três países e clique em qualquer ponto do eixo X do plano cartesiano abaixo:

País QI QI < % População < QI = % População = QI > % População >

O Gráfico acima nos oferece a possibilidade de compararmos três países entre os listados, em termos de Coeficiente Médio de Inteligência, em relação à população. Para utilizá-lo, basta escolher três dentre os países listados e clicar em qualquer ponto do gráfico.

Será mostrado a distribução normal do QI da população escolhida, bem como o percentual e o número de habitantes que superam, igualam e estão aquém do índice escolhido. Apenas como referência, destaca-se que o QI médio do brasileiro é 87, de um inglês é 100 e de um japonês é 105. O gráfico lhe mostrará que um japonês médio ultrapassa, em termos de indicador de inteligência, 90% dos brasileiros.

Já o mapa abixo informa a relação entre PIB e o coeficiente médio de inteligência dos países:

Como afirmado, não existe uma correlação absoluta entre a riqueza de uma nação e a capacidade intelectual de seu povo, mas a situação econômica influencia bastante na elevação dos índices intelectuais no tempo, quer seja por melhoras no acesso à alimentação adequada, por avanços nas questões ligadas à saude e saneamento, por elevação da qualidade do ensino e dos estímulos apresentados aos aprendentes, particularmente nos primeiros ciclos educacionais e por razões indiretas, como a melhoria educacional dos pais, os quais passam a complementar a responsabilidade de ensinar da escola, assim como, com a melhoria das condições econômicas podem desfrutar mais tempo com suas crianças, aumentando o grau de esposição a estímulos educacionais.

O gráfico abaixo mostra a correlação entre a riqueza das nações e o nível médio de inteligência, com base no QI:

Estatísticas de QI e PIB per capita







Da análise do gráfico de correlação, percebe-se que os países podem ser divididos em três grupos principais quanto ao nível de inteligência médio:
QI médio baixo: até 75 pontos;
QI médio intermediário: entre 76 e 94 pontos;
QI médio elevado: a partir de 95 pontos;

Os países de QI médio baixo correspondem majoritariamente às nações africanas, que são também às mais pobres do mundo. Tal dado indica a necessidade de serem melhorados os indicadores sociais, alimentares e de saúde daquele continente, cuja população se aproxima de um bilhão e meio de pessoas, com maior índice de natalidade do mundo, colocando a questão africana como grave, urgente e com tendência de piora.

Os países de QI médio intermedíario encontram-se mais dispersos pelo planeta e, normalmente, apresentam uma situação também intermediária com relação ao PIB e demais indicadores de riqueza.

Dentro desse grupo, os países produtores de petróleo se destacam por possuírem PIB extremamente elevado, indicando que haverá grande resistência por parte dos países fornecedores de conbustíveis fósseis às perspectivas de mudança nas matrizes energéticas globais.

As nações de elevado coeficiente de inteligência médio dominam o cenário econômico mundial, sendo representados, normalmente, pelos mais ricos países do planeta. As exceções correspondem àqueles países que possuem algum tipo de restrição geopolítica, como território bastante reduzido, desprovido de recursos naturais ou ainda nações dominadas por ideologias contrárias ao desenvolvimento social, como a Coreia do Norte, que apesar de sua população apresentar um QI médio de 104 pontos, o país possui PIB similar ao dos países africanos.

Dos dados apresentados, verifica-se a urgente necessidade dos gestores globais, particularmente daqueles que possuem condições de influenciar nos destinos do mundo, investirem nas boas práticas de educação e cultura, em especial nas regiões mais carentes do planeta, a fim de realmente promover a justiça social, com possibilidade de acesso aos benefícios oferecidos pelos avanços tecnológicos a todos os seres humanos.