Compare o QI do Brasil com outros países
O Brasil enfrenta, a cada ciclo, resultados desanimadores no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), destacando-se negativamente nas três áreas avaliadas: Leitura, Matemática e Ciências.
Os índices alcançados por diferentes nações podem ser observados nesse quadro comparativo, onde percebemos alguns países despontando em todas os campos avaliados, enquanto nossos alunos brigam pelas últimas posições com a Argentina e, nesse aspecto, muito menos do que o futebol, não há vantagem alguma estarmos à frente de los hermanos, visto que eles também não se encontram em situação muito vantajosa.
É evidente que eventos complexos apresentam causas profundas, variadas e igualmente complexas.
Não se poderia esperar algo diferente dos níveis educacionais de um país tão vasto e desigual quanto o Brasil e atribuir nossos resultados pífios, vergonhosos até, ao destaque dado a um único educador, contaminado pela vertente ideológica de sua época, seria irresponsabilidade acadêmica e até mesmo demasiada implicância com o que alguns chamam de “obra de Paulo Freire”.
Ocorre, no entanto, que um dos maiores economistas e matemáticos que a Humanidade já gerou, Vilfredo Pareto, nos ensina que 80% dos efeitos são consequência de apenas 20% das causas e, certamente, dentre as razões mais importantes que geram nosso atraso está a atuação do Patrono de nossa educação.
Freire aplicou um método de alfabetização de adultos baseado em palavras força, de conhecimento prévio dos aprendentes, que ele chamou de palavras geradoras. Tais palavras, no entanto, não serviriam apenas para produzir a habilidade da escrita, mas para fornecer aos aprendentes o potencial necessário para questionar a sociedade e os porquês de suas vidas serem tão desprovidas de meios materiais.
O educador atribuiu tal situação à reprodução de modelos de transmissão de conhecimentos que privilegiavam determinadas classes, chamadas por ele genericamente de “opressores”, enquanto a massa da população seria composta por “oprimidos”. Com base nesses argumentos, Paulo Freire escreveu sua maior obra, A Pedagogia do Oprimido, um panfleto de orientação marxista, produzido com ideias de alguns construtivistas da Escola de Frankfurt, particularmente de Erich Fromm, onde ataca o sistema de ensino que visa formar pessoas úteis para o mercado de trabalho.
A esse tipo de educação, classificada como “bancária” por Freire, foi atribuída a característica de reprodução de modelos de opressão e manutenção de privilégios aos já beneficiados pelas estruturas sociais brasileiras.
Em contraste à educação bancária, o Patrono sugere o estabelecimento de uma educação libertadora, dialógica, igualitária, que visa a produção não de profissionais qualificados, mas de bons revolucionários, como…
Che Guevara!
Sim! O produto final desejado pelo Patrono de nossa educação seria milhões de Guevaras, replicando os métodos revolucionários e, se nesse processo pessoas fossem mortas, não haveria problema, pois “não há vida sem morte”.
Mas outros fatores compõem o quadro de terror que se tornou a educação brasileira, ainda dentro daqueles 20% tão bem proclamados pela teoria de Pareto.
A ciência hoje sabe que nossas crianças nascem com uma incrível capacidade intelectual, com a possibilidade de desenvolver milhões de diferentes sinapses e aprimorar a capacidade intelectual a partir da primeira infância. Ocorre que a pouca exposição dessas crianças a estímulos adequados faz com que ocorra um fenômeno indesejado de regressão sináptica irreversível que afetará a capacidade cognitiva para o resto de suas vidas.
Ou seja, mesmo depois de nascidos, nossos cérebros ainda permanecem em formação e das interações com o mundo exterior, ou melhor, da qualidade dessas interações e dos estímulos recebidos, dependerá a capacidade de resolução de problemas de nossas crianças, inclusive quando chegarem à fase adulta e até mesmo á velhice.
Como muitos brasileiros passam pela infância sujeitos a condições precárias, tanto de higiene quanto de alimentação, sendo muito mais provável serem negligenciados do que submetidos a métodos eficientes de educação, temos jovens condenados a um potencial de inteligência muito menor do que seria esperado e que serão destinados a um método de ensino focado na formação de revolucionários revoltados e não de bons profissionais.
Temos assim, o pior de dois mundos!
Mas piora…
A população brasileira apresenta um dos piores níveis de inteligência do mundo, comparável aos encontrados nos países mais pobres do planeta, incluindo as pouco desenvolvidas ditaduras africanas e algumas nações miseráveis da Ásia.
Segundo dados dos Relatórios de Richard Lynn e Tatu Vanhanen, pesquisadores que publicaram uma série de livros e artigos sobre a inteligência humana global, incluindo “IQ and the Wealth of Nations” (2002) e “IQ and Global Inequality” (2006), o QI médio de um brasileiro é de 87 pontos, dentro da faixa chamada de “embotamento”, que compreende as pessoas com coeficiente de inteligência entre 80 e 90 pontos.
Ou seja, a maioria dos brasileiros é composta por intelectualmente embotados.
Nessa aplicação o leitor poderá comparar o QI médio de diversos países e verificar qual o percentual da população que está acima ou abaixo de determinado valor. Para tanto, basta escolher até três países da lista e clicar em algum ponto da linha horizontal do plano cartesiano.
O aplicativo mostrará a curva de inteligência de cada país em função da população e os dados quantitativos relativos a sua escolha.
Apesar do quadro aparentemente alarmante, o já citado Vilfredo Pareto também nos fornece esperanças.
Se 80% dos efeitos negativos demonstrados pela qualidade de nossa educação estão relacionados a apenas 20% das causas, temos que concentrar esforços nesses tais 20% que, certamente, não são representados por temas ligados ao machismo, à homofobia, à contribuição indígena para nossa cultura ou mesmo à misoginia de nossas crianças.
Ainda que tais temas tenham sua importância, faltam atributos muito mais relevantes a nossos alunos para a construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida. Temos que ensinar, pelo menos em um primeiro momento, Matemática, Ciências e Leitura, senão para vivermos em um país melhor, pelo menos para passarmos a Argentina no PISA…
Um bom começo seria concentrar na importância de bem conduzir a regressão sináptica na primeira infância, promover condições dignas de saneamento e alimentação para nossas crianças e, com urgência, retirarmos das salas de aula a pedagogia atrasada e sectarista de Paulo Freire, para que a formação de nossas crianças seja centrada na construção do futuro de cada um e não na propagação de uma ideologia do passado.